ser obrigado a votar (não é votar), obrigado a opinar (não é opinar), a fazer parte (é não fazer parte), obrigado a escolher (não é escolher), obrigado a compartilhar (não é compartilhar), obrigado a ir a uma urna (tumba da liberdade), obrigado a todo um conjunto ridículo e torturante do espetáculo dessa "democracia" ridícula, é não saber o que é democracia nem o que é viver em uma. todas as obrigações (votar, alistamento, alfabetização, fumo, prostituição) são sintomas explícitos de uma semi-ditadura (são a maneira inventada pelos brasileiros para exercerem uma ditadura sem parecer: todos os ditadores entre vocês são "presidentes da república"), de um fascismo de imaginário e comportamento, de pressão dos poderes contra as mais elementares liberdades conquistadas tão arduamente e com tanta ingenuidade e sangue.
Alberto Lins Caldas
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
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